Sunday, December 9, 2007

DISCRIMINAÇÃO SEXUAL: argumentando à guisa de António Vieira

A composição que se segue é umtexto argumentativo escrito com base no “Sermão de Santo António”, do Padre António Vieira. Actualizou-se esta obra aos problemas dos nossos dias.

Nos dias de hoje é muito comum falar-se de um problema que, no passado, era uma prática corrente e generalizadamente aceite na sociedade: a discriminação e exploração das mulheres.

As mulheres ainda hoje são consideradas, em vários países e em vários pontos de Portugal, objectos de trabalho. São exploradas, e o seu esforço não é devidamente reconhecido nem recompensado. Essa falta de reconhecimento acontece por vezes até no seu papel de mães. Será possível que o homem seja tão cego e egoísta com as mulheres ao ponto de as ver apenas como seres procriadores? Neste caso concreto o homem nunca será parecido com o cavalo-marinho ou com a tilápia, que fertilizam cuidadosa e carinhosamente os ovos das suas fêmeas. Para o homem, a mulher desempenha ainda o papel principal, se não mesmo o papel exclusivo, na reprodução. Assim, o homem podia seguir o precioso conselho destas duas espécies aquáticas e ser mais prestável e atencioso com a sua fêmea, tanto no momento da fecundação, como no do parto e como ainda nos demais momentos da vida.

É certo que em zonas mais desenvolvidas as pessoas deixam de ver a mulher como um objecto e com menosprezo. Hoje em dia é muito comum ver mulheres a trabalhar, a chefiar e até a deixar de depender do elemento do sexo oposto para viver. Apesar da situação estar minimamente controlada, ainda há casos muito graves, onde a mulher é maltratada e explorada. Existem situações, infelizmente, muito comuns nos nossos dias que demonstram a triste situação da Mulher na nossa sociedade, situações tais como a violações, a prostituição, a violência doméstica, entre outras.
Talvez os humanos sejam inteligentes e não saibam aproveitar convenientemente esse atributo tão importante e precioso que é a razão. Os peixinhos fêmea nem imaginam a sorte que têm de ter machos tão prestáveis e sem pensamentos de posse ou violência. Podemos esperançar-nos de que algum dia os homens mergulharão num mar ou rio para observar e analisar o comportamento dos pequenos seres que lá vivem.

Maria Inês Martins, Filipa Texugo, Ana Maria Sousa e Fábio Rodrigues, 11º C.
(IMAGENS: ao cimo, uma tilápia; em baixo, retrato de António Vieira.)

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